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Atuo na comunicação na área esportiva,do entretenimento e informação. Professor de Curso Preparatório para o ENEM e EJA, Séries Finais do Ensino Fundamental.Como Biólogo tenho uma referência especial ao Meio Ambiente e a Educação.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

'Perereca de vidro' chama atenção pela transparência

Espécie foi encontrada em 2002 em Presidente Figueiredo, AM.

G1 AM

Pequeno anfíbio, que pode chegar até 24 milímetros de comprimento quando adulto, recebeu este nome devido à pele transparente (Foto: Marcelo Lima/Inpa)

Com apenas 24 milímetros de comprimento quando adulto, a Hyalinobatrachium iaspidiense, popularmente conhecida como ‘perereca de vidro’, vem chamando a atenção de pesquisadores no Amazonas, principalmente devido à sua transparência. A espécie foi descoberta por pesquisadores durante levantamentos noturnos na área da Cachoeira da Onça em Presidente Figueiredo, município do Amazonas, distante 170 km de Manaus, no ano de 2002.
De dorso verde-claro com pontos negros, ventre transparente, íris verde-amarelada e a ponta dos dedos em de ‘T’, a perereca de vidro ainda é pouco conhecida no meio científico. “Os homens não dão muita atenção para os anfíbios, os achando nojentos e que não servem para nada. Porém, desconhecem que esses animais possuem grande importância no equilíbrio do meio ambiente”, afirmou Marcelo Lima, biólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Segundo ele, as pererecas de vidro são essenciais para a existência das cobras, pois são presas deles. Com um possível desaparecimento da espécie, faz com que os seus predadores também corram risco de extinção. “Pode-se afirmar que atitudes como a remoção de mata ciliar (vegetação próxima à margem dos rios) deixam a espécie mais vulnerável, pois ela é sensível às modificações ambientais e não podem ficar muito tempo exposta ao sol, correndo o risco de ter a pele ressecada e morrer”, explicou o biólogo.
Considerada uma espécie notívaga, ou seja, que prefere sair no período da noite, a perereca de vidro se alimenta de invertebrados, principalmente insetos, e tem como predadores as aranhas e serpentes, além do próprio homem, que a extingue sem se dar conta, segundo Marcelo Lima. Sobre o modo de reprodução, o pesquisador explica que todas as espécies de perereca de vidro conhecidas desovam sobre folhas acima da água.
“Em média, as fêmeas depositam cerca de 20 ovos no período chuvoso, entre dezembro e maio. Os ovos se desenvolvem por alguns dias ali. Depois, os girinos rompem a cápsula do ovo, caem na água e permanecem até completarem o desenvolvimento”, afirmou o biólogo, que ainda disse ser desconhecido o tempo de desenvolvimento do animal.
Em média, as fêmeas depositam cerca de vinte ovos no período chuvoso, entre dezembro e maio (Foto: Marcelo Lima/Inpa
Segundo pesquisador, as pererecas de vidro são essenciais para a existência de animais como a cobra. O desaparecimento desses anfíbios também coloca em risco a existência de seus predadores
(Foto: Reprodução / Inpa)

Cientistas descobrem espécies de abelhas 'ladras' de colmeias

Cinco novos tipos de abelha foram identificados em Cabo Verde, na África.
 Globo Natureza
Cientistas descobriram cinco novas espécies de abelhas que invadem e "parasitam" colmeias de outras que saíram para coletar néctar das flores. Identificados em Cabo Verde, um conjunto de ilhas na costa da África, os insetos variam de tamanho, podendo ter de 3,2 a 5 milímetros de comprimento.
O estudo, publicado no periódico científico "ZooKeys", foi realizado em conjunto entre pesquisadores da Universidade de Kansas, nos EUA, e da Universidade Charles, em Praga, na República Tcheca.
Quatro das cinco espécies descobertas são pretas com listras brancas, com aparência de zebras. As abelhas "ladras" ocupam as colmeias alheias e colocam ovos enquanto as outras estão fora, para que suas larvas possam se alimentar dos nutrientes coletados.
Os ovos das invasoras eclodem antes dos colocados pelas verdadeiras "donas" da colmeia, e as larvas destróem os ovos das hospedeiras, aproveitando as reservas de néctar para si.
Quatro das espécies identificadas pertencem ao mesmo gênero: a Thyreus denolii, a Thyreus batelkai, a Thyreus schwarzi e a Thyreus aistleitneri. A quinta espécie chama-se Chiasmognathus batelkai. O estudo foi publicado no "ZooKeys" no dia 30 de agosto.
Apesar do tamanho diminuto, uma das espécies, a Chiasmognathus batelkai, é considerada um caso de "gigantismo de ilha", já que é a maior espécie entre as do seu gênero. Este fenômeno biológico, também chamado de "gigantismo insular", ocorre quando animais passam gerações isolados em ilhas - com o tempo, a seleção natural favorece os espécimes maiores.
Os pesquisadores esperam agora explorar a biodiversidade das abelhas que são afetadas pelas invasoras, e ter uma ideia melhor da evolução de espécies ocorrida no arquipélago


Insetos invadem colmeias e depositam ovos; larvas roubam alimentos.
Abelhas machos (acima) e fêmeas (abaixo) das espécies 'Thyreus batelkai' (à esquerda) e 'Thyreus denolii' (à direita) (Foto: Reprodução/ZooKeys)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DNA lança nova luz sobre primos misteriosos dos homens

Um fragmento de osso encontrado em uma caverna da Sibéria lançou luz sobre a odisseia genética de um grupo enigmático de humanoide chamado homem de Denisova ou denisovaniano, anunciaram cientistas esta quinta-feira.

A existência dos denisovanianos só veio à tona em 2010, graças a um pedaço do osso do dedo e dois molares escavados na Caverna de Denisova, nas montanhas Altai, no sul da Sibéria, e datados de cerca de 80 mil anos.

Mas como era a aparência destes humanos e o que aconteceu com eles continuou um mistério.

Nada se sabia, a não ser que foram contemporâneos dos neandertais - outra espécie "prima" do 'Homo sapiens', que pode ter sido extinta com a chegada do homem moderno ou, dizem alguns, se miscigenou com ele.

Antropólogos alemães realizaram o que chamam do estudo mais completo e preciso do DNA do homem de Denisova, graças a uma minúscula amostra do osso de um dedo.

Ele mostra que o dedo pertenceu a uma menina e a comparação dos cromossomos herdados de sua mãe e seu pai sugere que os indivíduos pertenciam a um grupo com vínculos muito estreitos, já que há poucos sinais de grande disseminação genética.

Mas uma comparação do genoma com o de 11 humanos modernos de diferentes partes do mundo sugere que eles podem ter se espalhado por regiões da Ásia.

As populações modernas das ilhas do sul da Ásia, incluindo Papua Nova Guiné, compartilham genes com eles, incluindo variações que são associadas a pele escura, cabelos e olhos castanhos.

Mesmo assim, a semelhança genética do homem de Denisova com o 'Homo sapiens' é limitado, segundo o artigo, publicado na revista americana Science.

A comparação aponta para 100.000 mudanças no genoma do 'Homo sapiens' desde o reinado dos denisovanianos.

Muitas delas são associadas com a função cerebral e o desenvolvimento do sistema nervoso, e outras podem afetar a pele, os olhos e a forma dos dentes.

"Esta pesquisa ajudará a determinar como as populações humanas modernas se expandiram dramaticamente em tamanho assim como em complexidade cultural, enquanto os humanos arcaicos foram diminuindo em número e acabaram extintos fisicamente", explicou o chefe das pesquisas, Svante Paabo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, leste da Alemanha.